quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sobre Grey's Anatomy e Brothers and Sisters


Sendo uma pessoa eclética, gosto de assistir bastante coisa. O gênero "drama" sempre está incluso nas minhas preferências televisivas, mas confesso que hoje em dia anda difícil acompanhar na telinha qualquer coisa relacionada ao dramático.

Juro que tentei, de todas as formas possíveis, assistir (e gostar) das duas séries mais mainstreams do momento: Grey's Anatomy e Brothers and Sisters. Mas, não consegui....



Dramas familares sempre me chamaram a atenção. Nem tanto pelo lado de identificação, mas mais pelo fato de que a história de uma família (e, consequentemente, uma série sobre ela) carrega consigo um potencial enorme de drama, questionamentos, conflitos, etc. Entretanto, pelos episódios que eu assisti de Brothers and Sisters não vi muito disso. Desisti quando em determinado episódio, os Walkers (a família em questão) resolve fazer uma intervenção em um dos irmãos que estava se drogando desde que retornou da guerra no Oriente Médio. O que prometia ser um grande ápice do episódio (talvez até da temporada) foi decepcionante: não foi mais do que uma cena em que tudo se resolveu de forma mais simples. Depois disso, a história se concentrou em piadinhas sobre o relacionamento da matriarca e outras coisas desinteressantes. O que eu disse antes: ao invés de se concentrar no drama, no conflito, a série sempre se foca em coisas que não a fazem interessante (pelo menos pra mim). É assim em todos os episódios. Deu saudade, mas muita saudade da família Salinger de Party of Five (essa, sim, teve um episódio dos mais emocinantes e intensos de intervenção).


Essa mesma superficialidade me incomoda em Grey's Anatomy. Só que neste caso, o drama é substituído em uma pegação sem fim entre os médicos de Seattle (é quase uma micareta médica). No episódio em que eu desisti, Grey tentava lidar com os problemas em ter uma mãe internada em consequência de uma doença degenerativa. Só que, novamente, ao invés de lidar com todo o potencial de se ter uma mãe que, gradualmente, não se lembrará mais da filha (que, ainda pior, foi uma médica brilhante) e todas as consequências disso, o episódio se focou em uma festa que a própria Grey deu em sua casa para, de acordo com sua narração em off, "esquecer todos os problemas e curtir a vida". Assim mesmo, como se tivesse 16 anos de idade. Deu até vergonha alheia. Quando eu me lembro de ER com seus personagens médicos que tinham dramas semelhantes a de uma pessoa comum também dá saudades. E mesmo que, às vezes, médicos se pegassem, ninguém ficava contando detalhes sexuais de suas vidas.

Acho que o jeito é assistir as séries da HBO.