segunda-feira, 28 de junho de 2010

Jack Johnson - To The Sea

Volta e meia, isso sempre acontece. Você descobre aquela banda/cantor(a), se apaixona pelo som, espera pacientemente pelo novo trabalho e...toma na cara! Isso porque mudaram completamente todo o estilo e tudo o que te resta é se perguntar porque os seus ídolos musicais surtaram por completo. Né, Jack Johnson? NÉ?

Claro que eu entendo todo o argumento de que artistas seguem uma evolução natural com suas respectivas obras, e que o caminho que isso leva nem sempre é o que os fãs esperam (ou pior ainda: querem). Respeito o fato que eles queiram mudar, arriscar outras coisas, pôr idéias novas em prática. Mas...a grande verdade é que eu tenho toda uma história com Jack Johnson. Mais especificamente, um apego meio que emocional com o som de início de carreira do cara.

Foi mais ou menos assim: era quase final de 2003 (ou seria começo de 2004), eu andava pela parte de CD's da Saraiva MegaStore quando reparei que tinha um tal de Jack Jonhson pra ouvir naqueles terminais. Resolvi arriscar...e thank you, Lord! Fui ouvindo um pouquinho de cada música do album On and On e pensar: uau, é esse tipo de som que eu realmente gosto. Comprei o CD ali mesmo, e a partir daí redirecionei o meu gosto musical. Passei a ouvir coisas bem mais calmas, quase acústicas, e cada vez menos coisas que envolviam riffs de guitarras. Foi o começo do fim do rock'n roll pra mim.

Em outras palavras: encontrei Jesus. Praticamente. Um mês depois, emendei com o primeiro, Brushfire Fairytales pra ter mais do som do havaiano. Gostei mais da maturidade do segundo album, das letras mais sarcásticas e algumas até mais politizadas. Um ano depois, sai In Between Dreams e Jack estoura no país com o single Sitting, Waiting and Wishing. O terceiro CD foge um pouco da pegada lual do segundo, e começa a introduzir mais instrumentos (piano aqui, uma guitarra elétrica leve acolá). Em 2008, Johnson lança o Sleep Through the Static. Com sonoridade mais básica do que os anteriores, o cantor começa a colecionar críticas de que todos os CD's soam o mesmo. O que pra mim, não foi defeito algum. O que mais gosto nele é justamente essa previsibilidade. Sei que vou escutar algo que tenho certeza que vou gostar.

Mas, aparentemente, Jack Johnson levou a sério as críticas. E resolveu mudar, colocando logo uma guitarra levemente distorcida em You And Your Heart, que abre o último album, To The Sea. A mudança no som continua notável na No Good With Faces. E você percebe que Jonhson quer realmente ser versátil com When I Look Up, que é quase uma light-rock-trilha-sonora-para-filme-adolescente. Claro que, mesmo sendo esse tipo de cantor diferente, Jack Johnson continua com aquela carecterística que o torna notável: faz músicas irresistíveis, mesmo não sendo o que estamos acostumados. E ainda para descontentes cheios de mimis como eu, ainda tem The Upsetter; Red Wine, Mistakes, Mythology e Anything But The Truth com o Jack que amamos: voz, violão e um som dos mais gostosos de se ouvir.

*Em tempo: Jack Jonhson fez a trilha sonora do desenho George Curioso em um CD intitulado Sing-A-Longs and Lullabies for the Film Curious George, que tem músicas para crianças das mais geniais possíveis. Viciante.

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