quarta-feira, 17 de junho de 2009

No more Exterminador do Futuro!

Daí você, um diretor vindo de um filme trash até o último frame (Piranhas 2), surpreende a todos fazendo um dos filmes de ação mais bacanas de todos os tempos, chamado Exterminador do Futuro. Dois anos depois, supreende mais ainda assumindo a sequência de Aliens - O Oitavo Passageiro, em um dos poucos casos na história do cinema em que o segundo filme é melhor que o original. Depois disso, consolida de vez o seu nome escrevendo e dirigindo o segundo Exterminador do Futuro (Julgamento Final), fazendo com que o filme seja um marco em inovações tecnológicas e influência a todos os filmes do gênero no futuro.

Daí você, com sua mente criativa a mil, quer se dedicar a outros projetos mais interessantes, e acaba deixando a sua criação um pouco de lado. Quem sabe no futuro não retorne a esses personagens? Então, do nada, o que faz algum produtor espertalhão? Mais uma sequência! Mas, obviamente, sem o time criativo original. Afinal de contas, nem é preciso. Primeiro porque as pessoas nem vão notar a diferença. E segundo porque o objetivo não é muito bem continuar a história da melhor forma possível, mas sim ganhar o máximo de dinheiro possível explorando uma marca de sucesso.

Disso, vieram Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (que, honestamente, não vale uma linha de review), e mais recentemente Exterminador do Futuro: A Salvação.
O quarto capítulo até começa promissor com sequências de ação inspiradas do diretor McG (sem os exageros cometidos naquelas bobagens de As Panteras), e com um certo ar apocalíptico contido no segundo filme. Quase havia esperança. Mas, logo depois as coisas começam a se perder em tramas paralelas (como assim um filme sobre o messias John Connor dá mais ênfase na dupla exterminador bonzinho e futuro Connor Pai?) e liberdades criativas das mais constrangedoras (exterminadores-motos e exterminadores.....errr....enguias!)

E tudo bem que queriam fazer "homenagens" aos filmes anteriores, mas nesse último era realmente necessário que a sequência final se passasse em mais uma fábrica com exterminadores derretendo? E tinha que ter o Governator mais uma vez? Não existe filme de Exterminador que não se sustente sem a presença (mesma que digital) de Arnold Schwarzenegger? Dos males o menor, pelo menos conseguiram encaixar de forma decente o enredo original usando o personagem Kyle Reese, o pai do futuro líder Connor (e prestem atenção no ator Anton Yelchin que simplesmente rouba a cena aqui, e roubou em Star Trek...uma grande promessa vem aí).

E pensar que o plano é de fazer desse novo filme mais uma trilogia...deixem os Exterminadores em paz!

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