segunda-feira, 22 de março de 2010

Felicity - Freshman Year


Ela tinha a vida toda planejada pela frente. Iria para a mesma Universidade que o pai estudou, depois iria cursar Medicina e ter a profissão que ela e seus pais tanto desejevam. Mas, em plena cerimônia de formatura, as coisas mudam completamente. Felicity vê o rapaz que sempre foi apaixonada no gramado e pede que ele escreva algo no seu yearbook. Ele demora um tanto mais do que o normal. Felicity finalmente lê o que Ben escreve e, para sua total supresa, percebe que não era completamente invsível a ele como havia imaginado. Em um súbito de coragem, Felicity pergunta a Ben em qual cidade iria estudar. "New York", ele responde. É o suficiente para que Felicity resolva mudar todos seus planos e ir para a mesma cidade que o rapaz, apesar de todos os protestos de seu pai.

Esses são os oito minutos iniciais do episódio piloto de Felicity, uma das minhas séries preferidas de todos os tempos. Criada por J.J Abrams (que anos mais tarde se tornaria o midas do entretenimento, com o lançamento de Lost e a direção e recriação de Star Trek) junto com o seu parceiro de criação Matt Reeves (que depois dirigiria aquela coisa bacana do Cloverfield), o seriado teve relativo sucesso em 1998 e rendeu até um Globo de Ouro de melhor atriz para a protagonista, Keri Russel. Mas, as outras temporadas não tiveram o mesmo êxito, e a série acabou sendo cancelada na sua quarta temporada, o que cobria o período de faculdade da Felicity (por isso, os DVD's são divididos em freshman, sophomore, junior e senior).

O que eu mais gostava na história era justamente os momentos como o do início dessa temporada: atitudes que tomamos e que nem sempre dão muito certo. Isso porque Felicity é um seriado de personagens dos mais humanos e verossímeis que eu já assisti, em especial a protagonista. Impossível não se identificar com todo o sofrimento com a adaptação de Felicity a toda essa nova vida, a sua constante dúvida se essa foi ou não uma decisão válida, a sua decepção com o Ben real em detrimento ao que ela havia imaginado. Fora aquelas aitudes que temos e que não temos idéia do por quê (quando, por exemplo, Felicity resolve reescrever um trabalho de Ben, ou quando tem a sua primeira experiência sexual com um cara que mal conhece).

Personagens completamente seguros de si e totalmente conscientes do que fazem existem aos montes em seriados por aí. Mas, esse tipo de coisa não me atrai muito. Prefiro ver coisas na TV que poderiam muito bem ter acontecido com alguém que eu conheço. Sabe, gente com defeitos? E Felicity é exatamente assim.

Os diálogos são sempre simples, sinceros, mas não deixam de ser profundos (e só prova como J.J Abrams e seus colaboradores são roteiristas completos, que podem fazer de ficção-científica-maluca a seriado girly com a mesma qualidade). Além disso, a trilha sonora é sempre de bom gosto e a fotografia é simplesmente única.

Infelizmente, as caixas com os DVD's não foram lançadas no Brasil (e provavelmente nunca irão ser). Mesmo assim, mal posso esperar pra importar os próximos anos e ter a coleção completa.

Uma amostra do piloto:


2 comentários:

Anônimo disse...

Sou louca com Felicity justamente pelos personagens tão humanos, tão cheio de falhas, me encanta como parece a vida real.

:*

Carina disse...

Eu adoro Felicity, falei no meu blog sobre ele e depois um post falando só do final bagunçado e absurdo que a série teve.
Concordo com voce, como a 1 temporada não tem igual...e é realmente uma pena que não tenha o dvd aqui no Brasil =/

adorei achar alguém que postou sobre a série também!

;**