quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Mark Ronson

Em meados de 2003, o nome Amy Winehouse já era relativamente conhecido na Inglaterra. Amy, e seu rosto até então sem o seu característico coque gigante, figurava em algumas aparições televisivas e posters espalhados pela cidade (como papai Winehouse diz, todo orgulhoso, nos extras do DVD Live in London). Frank, o primeiro CD da carreira da cantora londrina, atingiu vendagem considerável (quase um milhão de cópias no Reino Unido), com hits como Stronger Than Me e Take The Box.


Mas, foi apenas em 2007 que o nome Amy Winehouse tornou-se algo facilmente reconhecido em qualquer canto do planeta. Impulsionado (ou não) por escândalos, o segundo CD, Back to Black, vendeu mais de dez milhões de cópias; entrou para listas de melhores álbuns do ano (posteriormente, da década); Rehab foi uma das músicas mais executadas de 2007 e Amy virou estrela internacional. Um dos responsáveis pelo upgrade na carreira: Mark Ronson.

Encarregado da produção do segundo CD, Ronson resolveu explorar mais o lado soul das composições da Amy. Colocou mais batidas, adicionou mais som de metais e deu mais ênfase nos vocais. O resultado foi uma sonoridade meio nostálgica. Back to Black soa, às vezes, antigo em algumas canções, enquanto que moderno em outras.

Entretanto, muito mais do que ser o homem por trás de Amy Winehouse (sem piadas de duplo sentido aqui, por obséquio), Mark Ronson é músico de mão cheia. Prova disso é o album Version, que como o título diz, é recheado de versões de sucessos interpretados pelo o que de melhor a indústria muscial britânica pode oferecer.

A verdade é que Version tem tudo o que Back to Black tem de característico: as batidas pesadas e os metais gritando. Pensa em algo do tipo I Told I was Trouble, da Winehouse, que você tem noçao exata do que Ronson fez em Versions. O CD já começa com uma irreconhecível God Put A Smile Upon Your Face, do Coldplay. Segue com uma sólida Lily Allen em Oh My God (e olha que eu acho a Allen tão insossa...). Amy Winehouse, obviamente, não poderia faltar, com uma versão mais rápida de Valerie. Pra completar tudo, ainda tem uma versão inacreditavelmente viciante de Toxic, da Britney Spears, provando que música pop pode ser relevante, sim,dependendo de como se faz.

A faixa de campeã fica, entretanto, pra Just, do Radiohead. Impossível ficar parado:


Ótimo pra animar a sua festinha.




Um comentário:

Luiza Terpins disse...

=OO Ameeei essa versão de Just! Nossa, muito boa!

Acho que já tinha ouvido falar que havia um cara por trás do trabalho da Amy...interessante saber quem é. O trabalho dele é ótimo mesmo. E ah, eu concordo quando vc diz que Back to Black soa às vezes antigo em algumas canções, enquanto que moderno em outras...Sempre penso nisso quando escuto o álbum.