
Os rapazes chegam ao destino e começa o plano-sequência mais sensacional que eu já assisti em uma sala de cinema (coisa linda essas telonas do Cinemark). Por mais de cinco minutos, sem cortes, filmados de uma vez, em uma demonstração incrível de sincronia e muito ensaio, Robbie percebe todo o horror que uma guerra pode causar a toda uma geração. E é até engraçado pensar que essa única cena consegue aquilo que muitos filmes de guerra apenas sugerem: toda a desesperança, o desperdício, o sentimento de impotência e toda a falta de sentido que um conflito desse tipo pode trazer. Isso sem pernas, cabeças e outros membros explodindo na frente das câmeras.
Mas o filme é muito mais do que essa cena. Aliás, é um dos casos raros em que a adaptação para o cinema supera (ou equipara) o livro. Graças à direção segura do Joe Wright (que já nos deu a coisa maravilhosa que é a adaptação mais recente de Orgulho e Preconceito), o elenco mais do que afiado (pra mim, o James McAvoy é um dos melhores dessa nova geração de atores) e o roteiro fiel ao texto do romance. De fato, é um dos poucos filmes derivados de livros que você realmente observa pelas situações e, especialmente pela atuação do elenco, as características de todas as personagens. Sem precisar de narrações em off, ou artíficios desse tipo. Uma aula de adaptação.
Por

Impossível não ficar indiferente a Bryone que, por uma série de situações mal interpretadas, muda o destino da sua irmã e do filho da empregada para sempre. E para melhorar ainda mais a experiência, tanto o filme quanto o livro apresentam desfechos diferentes para Bryone, mas que são coerentes dentro de sua respectiva obra. Eu prefiro a do filme. Se você ficou curioso, passe numa locadora mais próxima, depois em uma livraria, assista ao filme, leia o livro e tire as suas próprias conclusões.
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