quinta-feira, 22 de abril de 2010

Tik Tok x Rehab

Eu sei. Falando sobre uma cantora que tem um cifrão no nome artístico. Quase patético. Mas, não pude evitar. Sabe, eu estava assistindo o TVZ, no Multishow, e começou a passar o clipe da música Tik Tok. E, apesar de concordar completamente que a música é divertida (e certeza que anima qualquer festinha que se preze), eu nunca havia prestado muita atenção na...errr...vamos dizer assim...letra.

Basicamente, a moça acorda na banheira (oi?) porque chegou da BUATCHY (desculpa, mas não existe mais "boate" no meu vocabulário depois que eu me deparei com outra variação da palavra), e não tinha mais onde dormir. Não obstante, ela levanta, escova os dentes com whisky (durona a moça, fala sério!), manda a família as favas, sai sem um tostão do bolso pra cair na farra mais uma vez. Tudo, assim, bem forçado e milimetricamente fabricado para passar uma imagem de porra-louca-bêbada-niilista.

Daí fiquei pensando em outra música que fala basicamente sobre bebedeiras, baladas e derivados: Rehab, da Amy Winehouse. E, por mais bizarro que possa parecer, Ke$ha (que inferno de cifrão irritante! Já tentaram escrever o nome dessa mulher? Um porre!) me fez gostar ainda mais da Winehouse.

Repito aqui o meu discurso sobre a Amy: mesmo sendo uma música de bêbada, Rehab é, em primeiro lugar, uma música honesta. Nasceu de uma situação real entre a cantora e o médico que a atendeu. Ao contrário de (ah, de novo...) Ke$ha, Amy não precisa recorrer a situações inventadas e, muito menos ainda, chegar ao nível básico de sobrevivência e higiene pessoal (pode usar pasta de dente mesmo, Ke$ha...todo mundo vai te perdoar pelo deslize no estilo maloqueiro de ser). Mesmo para ser alcoólotra, existe um limite para o mau gosto. Autenticidade é o que mais falta na música pop de hoje, e para mim ficou ainda mais evidente nessa comparação.

E o mais engração de tudo é notar que enquanto Tik Tok, a música falsa sobre bebedeira, só glamouriza esse tipo de vida, Rehab, a música de verdade, faz justamente o contrário. Mesmo que Amy Winehouse desperte o pior dos comentários de seus destratores, não tem um que não confesse, no final, que seja um desperdício uma mulher jogar fora seu talento assim. Talento se sobrepondo ao marketing de videoclips. Quase um paradoxo.

Confira você mesmo:



Um comentário:

Luiza Terpins disse...

Que bizarro, acho que ando muito alienada ultimamente. NUNCA ouvi uma música sequer dessa Ke$ha! Vou ouvir agora! Mas acho que, de qqr forma, já não gosto dela. Sei lá, não simpatizei com esse nome tbm não.

p.s.- ah, tô pra te falar isso há um tempão: mexa nas configurações de comentários pra todo mundo poder comentar no post. no momento, só quem tem conta no google pode.